Ocorrência de infecção no pós-operatório de procedimentos odontológicos, em uma instituição pública, no período de 2010 a 2012

Autores

  • CRISTINA DUTRA VIEIRA
  • FABIANO MAIA AZEVEDO
  • AMANDA MELGAÇO RACILAN
  • EDSON MOREIRA
  • SANDRA DINIZ
  • ERIKA FERNANDES COUGIAS

Palavras-chave:

Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde – IRAS. Procedimentos Odontológicos. Controle de infecções.

Resumo

Objetivo: O presente trabalho objetivou monitorar e analisar o perfil das prescrições e das infecções no pós-operatório cirúrgico de procedimentos realizados no período de três anos e propor medidas para minimizar e promover a vigilância epidemiológica dos eventos adversos. Material e método: O estudo foi realizado em uma instituição pública de assistência à saúde odontológica, cujo corpo clínico é composto por 155 profissionais de saúde, que oferecem 3.534 consultas/mês. Para obtenção dos resultados, foram analisadas, diariamente as agendas de especialidades clínicas selecionadas pelas características dos procedimentos invasivos realizados. Resultados: Foram avaliados 5.203 procedimentos cirúrgicos e a idade dos pacientes atendidos variou de cinco a 84 (média de 38 anos). Entre os pacientes atendidos, o sexo ligeiramente predominante foi o feminino (50,5%) e a cirurgia mais frequentemente realizada foi a extração de dentes inclusos (38,7%). Durante o período avaliado, a incidência média anual de infecções no pós-operatório cirúrgico foi de 1,05% e o evento adverso mais frequente informado foi dor (4,05%). Do total de procedimentos avaliados, foi constatada infecção no pós-operatório de 55 cirurgias. Para esse grupo, foi prescrito antibioticoterapia em 70,1% e a Amoxicilina foi a medicação mais prevalente. Conclusões: Apesar do uso de antimicrobianos, não existe garantia de um pós-operatório livre de infecções, como comprovado a partir dos resultados do presente estudo e também na literatura internacional. O profissional de saúde da Odontologia deve ater-se aos critérios institucionais estabelecidos em protocolos e receber treinamentos periódicos, para minimizar os custos com o tratamento e a seleção de amostras resistentes, racionalizando, assim, o uso de antimicrobianos.

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Publicado

2017-12-12

Como Citar

VIEIRA, C. D., AZEVEDO, F. M., RACILAN, A. M., MOREIRA, E., DINIZ, S., & COUGIAS, E. F. (2017). Ocorrência de infecção no pós-operatório de procedimentos odontológicos, em uma instituição pública, no período de 2010 a 2012. REVISTA DO CROMG, 14(2). Recuperado de https://revista.cromg.org.br/index.php/rcromg/article/view/67

Edição

Seção

Artigos