A aplicação da laserterapia na Odontologia
uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.61217/rcromg.v22.488Palavras-chave:
laserterapia, bioestimulação a laser, odontologiaResumo
Introdução: A laserterapia é uma terapia baseada na amplificação e emissão estimulada de radiação, cada vez mais sendo utilizada na odontologia. Na área da saúde, são utilizados dois tipos de lasers: alta intensidade, aplicado na área cirúrgica e o de baixa intensidade, utilizado na aceleração da reparação tecidual. É de suma importância que os cirurgiões dentistas entendam seu mecanismo de ação e seu uso como tratamento complementar. Objetivos: apresentar a aplicação da laserterapia na odontologia, mostrando onde cada tipo de laser é utilizado e seus benefícios. Metodologia: Fez-se uma revisão integrativa nas bases de dados virtuais Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), PubMed, Google acadêmicos e livros de odontologia referente ao tema. Foram usados os descritores “laserterapia”, “bioestimulação a laser”, “odontologia” junto de seus sinônimos, retirados no Decs. Os critérios de inclusão foram artigos originais, publicados entre os anos de 2011 e 2023. Foram excluídos aqueles que não se enquadraram nos anos delimitados. Resultados: O laser é a amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação e consiste em um tipo de radiação eletromagnética. Um átomo de um meio é excitado por uma fonte de energia gerando uma luz de intensidade alta devido à repetida emissão de energia, com características próprias e específicas, se diferenciando das luzes emitidas por fontes convencionais. A laserterapia é uma terapia complementar usada para melhorar os resultados dos tratamentos realizados nos pacientes. Atualmente, na odontologia, são usados dois tipos: de baixa intensidade e alta intensidade, utilizados em diferentes terapias. O laser de baixa intensidade é utilizado para aceleração da reparação dos tecidos moles e duros, uma vez que ativa ou inibe processos bioquímicos, fisiológicos e metabólicos através do efeito fotoquímico e fotofísico. Em vista disso, o laser com efeito na cicatrização e na redução da área de feridas nos tecidos está associado com a proliferação celular, favorecendo a formação de neovasos e formação de tecidos de granulação, indispensáveis na reparação tecidual. Na odontologia, a baixa intensidade do laser é usada no tratamento e prevenção de afecções orofaciais, tal como cuidados pós-cirúrgicos, reparação de aftas, xerostomia, herpes, pericoronarite, alveolite, tratamento de hipersensibilidade dentinária, disfunções temporomandibulares, entre outras. O laser cirúrgico, de alta intensidade, é utilizado em incisões, em tecidos moles e nos tecidos duros que atuam por meio da ablação, onde o laser aquece a região e gera uma elevação da pressão interna dos tecidos, gerando no final a remoção do substrato mediante as micro explosões. Devido à alta temperatura, o dano em tecidos adjacentes é mínimo, uma vez que a incisão é precisa, reduz a dor, o tempo operatório e tem efeito hemostático, ou seja, um selamento dos vasos sanguíneos O laser de alta intensidade é pouco usado devido alto custo em relação ao de baixo intensidade, mas é usado em diversas áreas odontologias, como exemplo: gengivoplastias, realização de preparos cavitários, remoção de tecidos cariados, remoção de facetas estéticas entre outros. Conclusão: Conforme a literatura revisada, é evidente que a laserterapia é eficaz como terapia complementar em várias áreas da odontologia. Os cirurgiões dentistas devem ter um conhecimento aprofundado para saber indicar e aplicar a técnica correta, o que permitirá a obtenção de resultados desejados e minimizar os insucessos.
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