Análise das tensões em reabilitações implantosuportadas com uso de placas oclusais
DOI:
https://doi.org/10.61217/rcromg.v23.663Palavras-chave:
bruxismo, implantes, placas oclusais, reabilitações, tensõesResumo
Introdução: A reabilitação de pacientes edêntulos parciais ou totais com próteses implantosuportadas, tem sido amplamente utilizada, obtendo altos índices de sucesso. No entanto, a presença de bruxismo tem sido considerada como fator de risco para essa modalidade de tratamento. O uso de placas oclusais tem sido sugerido para promover contatos oclusais uniformes ao redor do arco em oclusão centrada, podendo prevenir as fraturas de próteses sobre implantes. Apesar de não serem suficientes para diminuir os sinais do bruxismo por inteiro, as placas oclusais são capazes de reduzir o desvio na abertura da boca, embora ainda exista a necessidade de um tratamento contínuo, com a fixação da nova posição pelos métodos de restaurações adesivas, estruturas protéticas ou tratamento ortodôntico. Objetivo: Avaliar a distribuição de tensões no tecido ósseo, implante, componentes protéticos e coroa em zircônia de reabilitações com uso de placa oclusal. Metodologia: A pesquisa foi realizada com ensaio in silico, por meio da análise por elementos finitos, a fim de avaliar a distribuição de tensões em implantes de titânio com intermediários em Níquel Cromo (NiCr) e coroas em zircônia com a finalidade de simular o carregamento axial e, tecido ósseo em uma reabilitação implantosuportada nos elementos 14 e 16 (primeiro pré-molar superior direito e primeiro molar superior direito, respectivamente) com pôntico no elemento 15 (segundo pré-molar superior direito). Os modelos tridimensionais foram criados para simular uma situação clínica com ausência dos elementos 14, 15 e 16. Esses dentes foram substituídos por implantes em titânio, hexágono externo, 11 x 4 mm, cimentado, mas linha de cimentação desconsiderada na FEA, com intermediários em NiCr e coroas em zircônia com a finalidade de simular o carregamento axial. Os fatores do estudo foram a presença ou ausência de placa oclusal e, as variáveis foram as tensões máxima principal (tração), mínima principal (compressão) e von Mises no implante, intermediário e tecido ósseo. Os carregamentos oclusais foram aplicados computacionalmente com intensidades de 300N axialmente ao longo eixo da estrutura. As imagens dos componentes protéticos foram obtidas por meio de banco de dados. Os modelos em elementos finitos foram construídos com auxílio do software elementos finitos (SolidWorks ANSYS Workbench 14.0; Swanson Analysis Inc) para a análise biomecânica (processamento). Todas essas análises ocorreram de forma quantitativa e qualitativa. Resultados: A tensão máxima principal em osso no grupo Sem Placa (SP) foi maior (29,1 MPa), concentrando-se na região disto-palatina da primeira rosca do pré-molar; A tensão mínima principal em osso no grupo Com Placa (CP) foi maior (10,2 MPa), com maior tensão na região distal da primeira rosca do pré-molar, e na região disto-vestibular na segunda rosca do molar. A tensão de von Mises nos intermediários foi maior no grupo SP (96,9 MPa), que se concentrou na borda superior dos dois intermediários na região do pré-molar; A maior tensão de von Mises dos implantes foi no grupo SP (161,18 MPa), que se concentrou na região da primeira rosca de ambos implantes no Pré molar, molar e nos implantes. Conclusão: As placas oclusais diminuem a tensão máxima produzida em reabilitações implantosuportadas.
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