Endodontia guiada
conhecendo os avanços na área endodôntica
DOI:
https://doi.org/10.61217/rcromg.v22.519Palavras-chave:
endodontia, odontologia, tecnologia odontológicaResumo
Introdução: Inúmeras tecnologias vêm sendo desenvolvidas com o foco direcionado à endodontia guiada, objetivando a máxima excelência da terapia endodôntica. Objetivos: O trabalho apresentado objetiva revisar a literatura correlata recente a fim de esclarecer a temática da endodontia guiada e identificar as vantagens e as desvantagens da técnica. Metodologia: Realizou-se a busca de artigos indexados no último ano na plataforma Pubmed. Por meio dos descritores "guided endodontics" e "access" foram encontrados 19 estudos, sendo que 6 dos trabalhos foram excluídos por não se relacionarem com o objetivo do presente estudo. Resultados: A endodontia guiada tem sido gradualmente aplicada às terapias endodônticas nos últimos anos, permitindo o estabelecimento de um plano de tratamento mais detalhado. As técnicas de endodontia guiada podem ser aplicadas para facilitar a realização do acesso endodôntico e a localização de canais radiculares, bem como, orientação para microcirurgias endodônticas, retratamentos e remoção de pinos intracanal. A literatura revisada destaca dois tipos de endodontia guiada: a Estática (EGE) e a Dinâmica (EGD). A endodontia estática é realizada por meio da obtenção de uma imagem de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) da arcada cujo dente de interesse a ser tratado está localizado e, paralelamente, é realizado um escaneamento intraoral. Em sequência, as duas imagens obtidas são sobrepostas com auxílio de um software, onde é desenhado um guia que cobre o dente de interesse e é projetado um orifício com diâmetro e angulação específicos que permitem um acesso direto ao canal. Cilindros podem ser projetados para permitir o acesso estável da broca ao dente através do orifício. Uma vez realizados os desenhos, o arquivo é exportado do software de planejamento em formato estereolitográfico para impressão das guias em três dimensões (3D). As vantagens da EGE incluem sua alta precisão, a redução da perda excessiva de estrutura dentária e a redução do tempo clínico. Já as desvantagens incluem a necessidade de isolamento de vários dentes para que o guia caiba diretamente e apresente estabilidade, dificuldade de visualização da cavidade endodôntica devido ao posicionamento do guia, o qual precisará ser removido sempre que for necessário confirmar o trajeto da broca durante o tratamento, dificuldade de alteração intraoperatória na trajetória pré-definida da broca devido a falta de visualização 3D em tempo real e dificuldade de ser utilizada em pacientes com limitação de abertura bucal. A endodontia guiada dinâmica é realizada primeiramente com a marcação de referências no lado oposto ao lado bucal a ser tratado e, posteriormente, são realizadas imagens de TCFC. Com o auxílio de uma câmera estéreo conectada a um sistema de navegação dinâmico, a trajetória das brocas é coordenada em tempo real e o operador acompanha tudo o que faz em um monitor. A técnica EGD possui como vantagens a visualização direta do campo operatório, reajuste de direção da broca na cavidade de acesso em tempo real, sendo muito útil em casos de limitação de abertura bucal e o para tratamento de dentes posteriores. Ademais, urgências endodônticas podem ser tratadas por meio desse método, pois não exige design e impressão de modelo. As desvantagens desse método observadas na literatura pertinente incluem a dificuldade de manter a tela do sistema à vista durante o procedimento e a necessidade de preparo técnico. Conclusão: Apesar de desvantagens encontradas na literatura que aborda o tema, é inquestionável que a endodontia guiada trouxe inúmeros avanços e facilidades no sentido de segurança e precisão dos tratamentos endodônticos. Por fim, ressalta-se, ainda, que inúmeros estudos estão sendo desenvolvidos com o objetivo de superar as barreiras encontradas no estado atual da arte dos tratamentos endodônticos guiados.
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